É horrível ser mulher.
Desde o princípio químico, os exames, os ovários, a menstruação, a menopausa... até mesmo o ovular é um caos; até a linha de pensamento que surge a partir daí, e fatores sociais de discriminação, desvalorização.
Talvez a mescla disso que gere o q sei q é errado, que vai contra quem eu sou, mas onde não consigo contrariar "o que" sou.
Mulher... mesmo fugindo desse rótulo de todas as formas possíveis, não falho quando vou analisar a postura.
... Mas como assim, postura?
O posicionamento interno perante o mundo, ó sábio leitor. Enquanto numa sociedade machista, onde o Capitalismo ainda impera, onde dinheiro compra tudo e todos são compráveis, os cílios altos e (ainda) esticados são capazes de mostrar um ar sonhador que só as mulheres conseguem manter.
Isso é meigo, retrô... bem anos 50, mesmo. E isso pode ir contra qualquer feminismo (e ainda devo apanhar na rua de algumas meninas vestidas de lenhadoras por isso), mas esse é o papel que sempre coube a mulher.
Sei que nesse ponto me contradigo, pois eu fui quem levantou que as leoas sustentam seus machos e são o cérebro do grupo, e tudo mais, mas a sensibilidade e facilidade de ilusão mantém o sonho. E como disse antes, isso está se esvaindo do mundo.
Posso, claro, atribuir isso ao funk, a liberação sexual, a eliminação dos soutiens, mas acho que as mulheres têm se envergonhado de sua essência. Eu, realmente, me envergonho, mas isso não me faz exigir de mim mesma a postura de masculinização, como propôs Sex and the City _ depois que o Carnaval da Bahia perpetuou isso por aqui. Se mulheres optam por aceitar a abolição de boas maneiras, de conceitos vãos machistas de um cotidiano, é uma opção. Mas a reação disso não tem sido aceitável: uma sociedade baseada em valores estruturais, nada de moral para as crias, dessas antes, então, leoas. Ninguém luta mais por seus ideais e sua felicidade, e sim, para competir com o colega de cubículo quem tem o cartão de apresentação mais bonito.
Salva-se ainda aquelas que libertam sua mente e se aceitam, aceitam suas reivindicações, seus sentimentos. Mas quantas demonstram isso? Isso, sim, seria a base, os pilares, pra um feminismo viável e real.
Gostaria de viver nos anos 50... segurar a mão no portão, ter certeza das coisas como elas se mostravam. Amores platônicos, encantamento... cílios ainda mais altos...
Hoje isso é o atestado da ignorância, e pessoas assim estão fadadas ao fracasso. É frustrante ver que antigos hábitos se perdem, ou nem chegam a funcionar... dates, drive-in... tudo parece tão distante, tão vão numa sociedade em que sexo é prioritário a sentimentos; onde palavras boas, de afeto, e elogios são vetadas quase como crime; onde demonstração de afeto vira assédio...
Mulheres, então, se submetem a assaltar junto de seus namorados. A apanhar sem abrir a boca. A trancar os filhos indesejados num porão... Por que isso?
Definitivamente opto pela minha ignorância.
Desde o princípio químico, os exames, os ovários, a menstruação, a menopausa... até mesmo o ovular é um caos; até a linha de pensamento que surge a partir daí, e fatores sociais de discriminação, desvalorização.
Talvez a mescla disso que gere o q sei q é errado, que vai contra quem eu sou, mas onde não consigo contrariar "o que" sou.
Mulher... mesmo fugindo desse rótulo de todas as formas possíveis, não falho quando vou analisar a postura.
... Mas como assim, postura?
O posicionamento interno perante o mundo, ó sábio leitor. Enquanto numa sociedade machista, onde o Capitalismo ainda impera, onde dinheiro compra tudo e todos são compráveis, os cílios altos e (ainda) esticados são capazes de mostrar um ar sonhador que só as mulheres conseguem manter.
Isso é meigo, retrô... bem anos 50, mesmo. E isso pode ir contra qualquer feminismo (e ainda devo apanhar na rua de algumas meninas vestidas de lenhadoras por isso), mas esse é o papel que sempre coube a mulher.
Sei que nesse ponto me contradigo, pois eu fui quem levantou que as leoas sustentam seus machos e são o cérebro do grupo, e tudo mais, mas a sensibilidade e facilidade de ilusão mantém o sonho. E como disse antes, isso está se esvaindo do mundo.
Posso, claro, atribuir isso ao funk, a liberação sexual, a eliminação dos soutiens, mas acho que as mulheres têm se envergonhado de sua essência. Eu, realmente, me envergonho, mas isso não me faz exigir de mim mesma a postura de masculinização, como propôs Sex and the City _ depois que o Carnaval da Bahia perpetuou isso por aqui. Se mulheres optam por aceitar a abolição de boas maneiras, de conceitos vãos machistas de um cotidiano, é uma opção. Mas a reação disso não tem sido aceitável: uma sociedade baseada em valores estruturais, nada de moral para as crias, dessas antes, então, leoas. Ninguém luta mais por seus ideais e sua felicidade, e sim, para competir com o colega de cubículo quem tem o cartão de apresentação mais bonito.
Salva-se ainda aquelas que libertam sua mente e se aceitam, aceitam suas reivindicações, seus sentimentos. Mas quantas demonstram isso? Isso, sim, seria a base, os pilares, pra um feminismo viável e real.
Gostaria de viver nos anos 50... segurar a mão no portão, ter certeza das coisas como elas se mostravam. Amores platônicos, encantamento... cílios ainda mais altos...
Hoje isso é o atestado da ignorância, e pessoas assim estão fadadas ao fracasso. É frustrante ver que antigos hábitos se perdem, ou nem chegam a funcionar... dates, drive-in... tudo parece tão distante, tão vão numa sociedade em que sexo é prioritário a sentimentos; onde palavras boas, de afeto, e elogios são vetadas quase como crime; onde demonstração de afeto vira assédio...
Mulheres, então, se submetem a assaltar junto de seus namorados. A apanhar sem abrir a boca. A trancar os filhos indesejados num porão... Por que isso?
Definitivamente opto pela minha ignorância.